// Postado Por: Henri //: domingo, 27 de julho de 2014

Como fãn de Inazuma Eleven, não posso dizer que não sabia o que esperar deste jogo: já tinha assistido a inúmeros gameplays de Inazuma Eleven GO e também ao anime, no entanto, nesta review tive que deixar esta faceta fanboy de lado e tenho que admitir que fiquei surpreendido com a sensação agradável e simples que o jogo me transmitia, mesmo com alguns dos seus problemas que irei mencionar aqui.

A história fala de um garoto chamado Arion Sherwind, um completo novato ao futebol que tem o sonho de se juntar ao clube de futebol da Raimon, já que no tempo em que passou na ilha Okinawa, um personagem misterioso salvou-lhe a vida com uma bola de futebol dessa mesma escola. Infelizmente, no dia em que se juntou a Raimon, viu um rapaz chamado Victor Blade massacrando o time secundário apenas com uma bola de futebol. É aqui que entra a verdadeira equipe Raimon tentando derrotar a equipe de Victor, enviada pelo Fifth Sector. O exagero de toda a história começa exatamente no momento em que esta organização é introduzida: Fifth Sector tem o objetivo de regular as partidas de futebol, como decidir os resultados destas, sendo que os jogadores que seguirem estas regras são beneficiados com uma vida repleta de sucesso. Toda a história se baseia nisto e o problema é que não faz qualquer sentido, fazia mais sentido na minha opinião se o futebol aumentasse ainda mais a sua influência de modo a que as escolas vencedoras ganhassem muito prestígio, mas caso a equipe perdesse as escolas garantiam que esses alunos nunca teriam sucesso na vida. Entanto, continuei na esperança de que no final a explicação do motivo pelo qual Fifth Sector fora criado fosse algo que na realidade fizesse sentido, mas só me consegui desiludir ainda mais.





Apesar destes pontos fracos da história, houve algo que realmente me animou, as relações entre os personagens, que apesar de tão superficiais no anime, no jogo estão mais profundas e o iNattr, uma espécie de blog em Inazuma Eleven na minha opinião hilariante e uma ideia bem inovadora, foi ótimo para dinamizar suas relações. Outra coisa que realmente que gostei no jogo e que no anime foi também mal representado foi a quantidade elevada de referências e de aparições dos personagens adultos, como as aparições de William Glass frequentes no jogo e que no anime só uma delas foi representada em apenas segundos; as relações entre os antigos personagens dos jogos com os novos, como por exemplo, o facto de Tsunami e Arion serem amigos e de Xavier se preocupar e conhecer Aitor; o facto de Nelly pertencer à Resistance; existem bastantes mais, mas não os posso referir todos para não perder o seguimento da review; a história continua com Arion e Raimon tentando derrotar Fifth Sector.



As mecânicas introduzidas neste jogo são bastante interessantes e viciantes, mas também acabam por serem facilmente enjoativas se não forem utilizadas moderadamente. Dentro delas destacam-se os Fighting Spirit, que são basicamente manisfestações do espírito do jogador que o possui de tentar ser melhor, quando estes são ativados é possível realizar Super Técnicas com eles. Também através da mecânica Spirit Linking, é possível voltar a carregar com energia os Fighting Spirit caso estes já tenham esgotado todo o seu poder usando TP necessário para realizar Super Técnicas dos outros jogadores, ainda é possível fazer fusões com eles através do Spirit Bonding, algo que só aconteceu duas vezes no anime, mas que no jogo é possível realizar com mais Fighting Spirit. Um problema destes espíritos é que tornam o seu utilizador muito forte, fazendo até um goleiro conseguir defender uma técnica muito forte apenas com as mãos, só porque tem um Fighting Spirit ativo.
Infelizmente, neste jogo a quantidade de Super Técnicas é muito reduzida e poucas das antigas Super Técnicas foram reaproveitadas, o que torna a gameplay repetitiva e deixa de ser tão interessante jogar com Mark quando a única técnica que tem antiga é God Hand e meio que deprime quando todos os jogadores utilizam as mesmas técnicas que você se matou a treinar ao longo da história.
Também não foram introduzidas muitas tácticas novas e praticamente apenas uma que é utilizada pelas equipas, o que enjoa imenso.



Quanto à tradução em si não é má de todo, mas poderia ser melhor e por algum motivo de que ninguém percebeu decidiram de que praticamente todos os jogadores iriam falar línguas estrangeiras e isso acabou por causar algumas incoerências com Nishiki que irei falar mais tarde no blog quando tiver inspiração para o fazer, embora com o tempo nos habituamos. Também é uma pena a Level-5 não aproveitar e colocar o áudio Japonês. Fiquei satisfeito de saber de que desta vez ambas as aberturas dos dois jogos foram traduzidas.

Na minha opinião,o pior de tudo é uma função já disponível nos jogos anteriores que continuou, embora ainda mais reforçada neste jogo: Linking Games.
Basicamente esta função serve para fazer a conexão entre as duas versões do jogo de Inazuma Eleven GO: Shadow e Light; supostamente ao fazer isso a pessoa recebe como recompensa a hipótese de jogar com uma equipa que junta os principais personagens exclusivos das duas versões. O problema é que não faz só isso, está bastante longe de só fazer isso na realidade, porque para concluir grande parte do post-game do jogo, como derrotar competitions routes, recrutar jogadores emblemáticos como Shawn Froste ou até Kevin Dragonfly e desbloquear imensos objetos é necessário fazer a conexão com o outro jogo, por isso aconselho a quem não conhece ninguém que tenha comprado a versão oposta do jogo de Inazuma Eleven GO a NÃO comprar o jogo, por muita fãn que seja tenho de admitir, já que nem Bailong você pode recrutar se não tiver a versão oposta do jogo, mesmo que seu jogo seja Light.


Conclusão: Inazuma Eleven GO satisfaz plenamente as qualidades de uma pessoa se esta estiver disposta a apenas jogar até à parte final da história e não se importar com o post-game, da outra forma, não aconselho a comprar. Daí a minha classificação ser apenas 7,6 ~ 8.

Deixe Um Comentario.

Subscribe to Posts | Subscribe to Comments